Os homens que dormem pouco durante a semana podem diminuir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 se compensarem as horas de sono perdido durante o fim de semana, sugere um estudo apresentado na reunião anual da “The Endocrine Society” e citado pelo “Alert”.
“Todos sabemos que precisamos de ter um número de horas de sono adequado, mas devido às exigências profissionais, por vezes é difícil de conseguir. O nosso estudo demonstrou que o aumento das horas de sono pode melhorar a sensibilidade à insulina, reduzindo consequentemente o risco de diabetes tipo 2, nos homens”, revelou o líder do estudo, Peter Liu.
Neste estudo, os investigadores da Universidade de Sydney, na Austrália, contaram com a participação de 19 homens não diabéticos, que tinham uma média de idade de 28,6 anos, e que ao longo de seis ou mais meses tiverem um tempo de sono inadequado durante a semana de trabalho. Em média, os participantes dormiam 6,2 horas por noite. Contudo, ao fim de semana dormiam cerca de 2,3 horas adicionais. Os participantes foram convidados a dormir três noites, em dois fins de semanas separados, num ambiente controlado. Cada homem foi incluído em duas das três condições de sono: 10 horas de sono, seis horas de sono e 10 horas na cama, em que a presença de ruídos não os fazia acordar mas mantinha-os sob um sono superficial. Na quarta manhã foram medidos os níveis de glucose e insulina de cada participante de forma a calcular a sensibilidade à insulina. Todos os participantes tiveram, ao longo do tempo de estudo, a mesma ingestão de alimentos, refere o “Alert”.
O estudo apurou que a sensibilidade à insulina aumentou para os participantes que dormiram 10 horas por noite ao fim de semana, comparativamente com aquele que continuavam a ter restrições no número de horas de sono, ou seja que apenas seis horas. Os investigadores concluem assim que o aumento de número de horas de sono para os homens que habitualmente têm défice de horas de sono pode melhorar a sua sensibilidade à insulina.
FONTE: Revista Pais e Filhos