Durante o mês de maio, a equipe pedagógica da Trilhas recebeu uma visita especial no Grupo de Formação: a publicitária curitibana Tenile Vicenzi, que “largou tudo” para viver experiências mais significativas das que as que faziam parte da sua rotina até 2015.
Tenile contou para os professores da Trilhas sobre sua experiência trabalhando por seis meses na Green School, que fica em Bali, na Indonésia.
Para conhecer melhor a história de Tenile, confira alguns trechos da entrevista publicada em 2016, pela Revista Idéias:
“Era um sábado a tarde e eu entrei na Tok Stok, para comprar alguma coisa, quando uma caneca me chamou atenção. Ela era branca, com uma ilustração preta de um pássaro dentro da gaiola. Não hesitei nem um minuto e coloquei na cestinha aquela caneca que já tinha um destino traçado – minha mesa de trabalho. Além da função de economizar copinhos plásticos, por alguns meses ela serviu como um espelho: eu me reconhecia ali, me sentia tão presa quanto aquele pássaro. E quando, por uma única vez compartilhei com um colega essa história da caneca, ele respondeu de bate-pronto: já reparou que a porta da gaiola está aberta? Não, eu nunca tinha me atentado a isso. Distração? Ou um não querer ver, para não ter que agir?
Você já pensou quando estamos de fato presos a uma situação, seja ela um trabalho improdutivo, um relacionamento entediante ou qualquer outra condição desconfortável, e quando escolhemos estar ali, dia após dia, por não querer encarar uma mudança?”“Parece estranho o que eu vou dizer, mas é confortável se lamentar dentro da gaiola. É viciante. Principalmente quando você encontra outros que estão na mesma situação. Enquanto você reclama, ratifica para si mesmo que tem coisas muito mais interessantes lá fora, que a vida pode ser muito mais do que isso. Você se sente superior só por vislumbrar uma condição que os outros não enxergam. Mas você continua lá. Sabe por quê? Porque embora ache ruim, você está ali desfrutando de todo/a que ela te oferece. No meu caso específico, o benefício da minha gaiola era a segurança financeira que um bom salário no final do mês me proporcionava e o status de trabalhar em uma multinacional admirada por todos.”
O objetivo de Tenile na Green School era pesquisar sobre modelos inovadores de educação e desenvolvimento humano. Em suas palavras: “(…) experimentar uma vida com mais significado, tempo e liberdade. Tempo para dedicar aos meus projetos pessoais, onde eu possa aplicar plenamente minhas competências, exercitar a minha criatividade e testar meu potencial. Liberdade para viver um estilo de vida mais simples e mensurar o que de fato preciso para ser feliz.
A fala de Tenile e o relato de suas experiências foram inspiradores para nossa equipe pedagógica.