Novos equipamentos operados pela Guarda Municipal serão instalados no Água Verde, Centro Cívico, Bacacheri e Sítio Cercado.
O sistema de monitoramento das ruas de Curitiba deve ganhar mais 26 câmeras ainda neste ano. O aumento se deve à meta da prefeitura de ter 450 câmeras instaladas até a Copa de 2014. As novas câmeras serão instaladas em quatro locais: seis no Cemitério do Água Verde; duas no Centro Cívico, próximo ao Palácio 29 de Março; quatro no Parque do Bacacheri; e 14 no o bairro Sítio Cercado em locais não informados.
Com as novas instalações, a rede contará com 115 câmeras para monitorar a cidade. Hoje, a maior parte – cerca de 50 – está na região central da cidade. Outros locais que já contam com o monitoramento são o Parque Barigui, os pontos de ônibus do câmpus central da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), no Prado Velho, a Administração Regional da Cidade Industrial e as Ruas da Cidadania dos bairros Sítio Cercado, Boqueirão, Santa Felicidade, Boa Vista, Capão Raso e Fazendinha.
As imagens capturadas pelas câmeras vão para centrais de monitoramento da Guarda Municipal (GM). As regionais possuem suas próprias ilhas, mas a que monitora a região central fica na Praça Osório. Nessa central principal trabalham três guardas municipais, um policial federal, um agente da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) e um agente de urbanismo.
Segundo a GM, os flagrantes de delitos diminuíram 40% entre 2008 e 2010. O inspetor da Guarda, Vilson Antônio Stempinhaki, acredita que isso acontece porque as câmeras coíbem a ação de criminosos e delinquentes. “É uma espécie de Big Brother, monitora 24 horas, o que acaba inibindo alguns atos de vandalismo e de uso e tráfico de drogas”, afirma. Nos primeiros seis meses deste ano, as ocorrências relacionadas às drogas foram as mais registradas pelo monitoramento na área central. Foram 126 das 266 ocorrências, seis vezes mais do que as pichações, que aparecem em segundo lugar com 17 ocorrências.
Análise
Para o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Rui César Melo, as câmeras servem como prevenção. “Desde que bem monitoradas e que a polícia esteja bem aparelhada para isso, elas podem ajudar muito. É mais fácil enviar viaturas ao local quando se detecta o problema pelas câmeras”, explica.
Para manter o sistema, Stempinhaki também entende que o aumento da rede é essencial. “Ainda temos muitos pontos cegos e novas câmeras poderiam auxiliar com isso. As câmeras não coíbem 100% os crimes, mas não consigo mais ver a segurança sem essa tecnologia para ajudar”, afirma.
FONTE: Gazeta do Povo