Pesquisa avaliou a possibilidade de incluir a atenção ao adulto durante a consulta pediátrica. Saiba mais
Por Marcela Bourroul – atualizada em 25/06/2013 17h31
Para os pais, manter a rotina das consultas do filho ao pediatra é tarefa inadiável. Mas e quando se trata de se programar para consultar o próprio médico? Por conta disso, um grupo de pesquisadores acaba de descobrir que resolver dois problemas – o dos pais e o dos filhos – em uma só consulta é uma boa possibilidade.
O estudo, publicado na revista científica Pediatrics, foi realizado especificamente com pais fumantes. Os pesquisadores queriam descobrir se seria possível que os médicos cuidassem das crianças e ao mesmo tempo oferecessem suporte para os pais. Foram recrutadas 20 clínicas pediátricas espalhadas por 16 estados norte-americanos. Metade das clínicas tentou diminuir o tabagismo dos pais de seus pacientes e a outra metade não tomou nenhuma atitude.
Os médicos das clínicas do grupo de intervenção foram treinados para atender esses pais fumantes e suas condutas incluíam transmitir mensagens motivacionais, encaminhá-los para serviços de apoio aos tabagistas e prescrever substâncias à base de nicotina, como chicletes e adesivos, que ajudam a abandonar o cigarro.
Ao final de dois anos, quase 2 mil pais haviam participado do estudo, sendo 999 atendidos pelos pediatras “intervencionistas” e 981 pelos pediatras que não tiveram esse treinamento. Comparando os dois grupos de médicos, os pesquisadores perceberam que o primeiro foi cerca de 12 vezes mais propenso a orientar os pais fumantes de seus pacientes. Apesar de o estudo não ter medido a eficácia dessa intervenção (quantos pais conseguiram parar de fumar ou diminuir o número de cigarros por dia), eles concluíram que é viável incluir a assistência aos pais na prática pediátrica.
E você? O que acha dessa ideia?
Fonte: Revista Escola