Tem espaço para brincar? Alfabetizam a partir de que ano? Enfatiza os esportes ou as artes? Tem muita lição de casa? Como é a hora do lanche? Aborda questões sobre diversidade e respeito? Perguntas não faltam na hora de escolher a escola do seu filho. E elas são fundamentais para ajudar você nessa decisão tão importante para toda a família. Veja aqui o que você deve observar e, principalmente, o que é preciso pensar antes de ir a campo.
Desde o momento em que descobre que será mãe, sua vida se torna uma sucessão de escolhas. Primeiro, o berço. Mais para frente, em qual maternidade será o parto, as músicas que irão tocar durante o grande momento, as lembrancinhas, o restante da decoração do quarto. Fora o nome! Mistura de prazer e muito trabalho. Porém, existe uma decisão que você terá que tomar da qual talvez tenha poucas informações e que não envolve só o gosto do casal: a escolha da escola.
Para fazer do jeito certo você terá que pesquisar muito, ir atrás de todos os dados possíveis, além de conversar com parentes e amigos e, sobretudo, ir a muitas escolas. Para ajudar você, CRESCER visitou diversas delas em São Paulo, da campeã do ranking do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), o famoso Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), à classificada como “alternativa” que preza as artes e o meio ambiente; da gigantesca com 64 mil m2, à pequena com 80 alunos. Prestamos atenção no tom e nas palavras usadas por cada educador, observamos as paredes com cores e desenhos feitos pelas crianças em murais, os tamanhos e as soluções encontradas em cada espaço e como são as relações entre professores, alunos e entre as próprias crianças.
Conversamos também com muitos pais. A angústia e o foco podem mudar, mas as dúvidas são comuns e os desejos, os mesmos: “Quero que meu filho seja feliz e se prepare para a vida”. Só que há muitos conceitos para embaralhar esse sonho. A começar pelos nomes das linhas pedagógicas: tradicional, construtivista, socioconstrutivista, montessoriana, Waldorf, democrática, alternativa etc. É preciso entender para escolher e conversar muito com quem for nos receber. Além de olhar, ouvir e sentir, claro. Por isso fizemos esta prévia do que você também terá que fazer para responder a pergunta: qual a escola ideal para o meu filho?
A família pode viver esse dilema uma vez só, quando a escola tem do berçário – ou da educação infantil – ao ensino médio. Ou em dois momentos, no mínimo, na hora de escolher a primeira e depois uma outra para a criança começar no fundamental, agora iniciando com os alunos aos 6 anos de idade. Ou, ainda, quando a escola cuidadosamente escolhida não deu certo. Porque, por mais atenção que você tenha, isso pode acontecer, sim. E basta um papo com pais ou especialistas para saber de uma coisa: não há escola perfeita. Até porque a vida é dinâmica – colégios mudam, crianças também. O que funciona em um momento pode não funcionar no outro. Ter consciência disso é básico nessa empreitada.
“Para escolher a escola da Lara, fizemos pesquisas em alguns fóruns da internet, já que somos de Recife e Goiânia e estamos em Brasília. Fixamos parâmetros, como ser no perímetro entre a nossa casa e o trabalho e caber no nosso orçamento. Fiz questão de levá-la junto e isso pesou muito. Não queria uma escola muito grande: para mim, escola que vai do berçário ao pré-vestibular
tem mais a ver com empresa.”
Mariana Cordeiro da Silva, designer e professora de inglês, mãe de Lara, 2 anos
FONTE: Revista Crescer