Não deixe que acidentes na água estraguem as férias da sua família. Veja como tomar algumas medidas preventivas
É nas férias de verão, por causa do maior contato com a água e com a natureza, que as crianças ficam mais expostas a problemas como queimaduras e intoxicações. Para evitar que esses imprevistos acabem com o descanso da família, tome algumas medidas preventivas.
Inspeção geral
Antes de liberar a criança para brincar na água, informe-se sobre o tipo de praia, se o mar é violento, se há repuxos e, no caso de piscina, qual a profundidade. A mesma atenção vale para casas alugadas: como ficam fechadas por longos períodos, as chances de aparecer animais peçonhentos aumentam. “Verifique também se há plantas tóxicas por perto e tenha sempre à mão o endereço do hospital mais próximo”, recomenda o pediatra José Américo de Campos.
Protegendo os pés e a pele
Além de evitar ferimentos e bolhas nos pés provocados pelo calor da areia, andar sempre calçado previne várias doenças. As mais comuns são o bicho-do-pé, um tipo de pulga que se instala na sola ou debaixo das unhas, causando coceira e dor, e o bicho geográfico, uma larva encontrada nas fezes de cães e gatos que caminha sob a pele, fazendo linhas parecidas com as de um mapa. Também é prudente vacinar as crianças contra tétano, já que, brincando na areia, há o risco de se cortar.
A combinação de calor com pouca roupa deixa o corpo mais exposto a doenças dermatológicas. Nas praias e piscinas, a micose mais frequente é a Ptiríase versicolor, que causa manchas na pele. Não deixe as crianças sentarem diretamente na areia e, ao voltar da praia, não demore para dar banho, esfregando o corpo com uma bucha. Em bebês, a irritação de pele mais comum é a brotoeja, que pode ser prevenida com o uso de roupas leves de tecidos naturais e evitando-se ambientes abafados. Picadas de insetos e outras lesões dermatológicas abrem caminho para bactérias que provocam o impetigo, uma infecção caracterizada por coceira e febre.
De olho na água
Saber nadar é uma grande proteção. Mesmo assim, não dispense boias de braço para as crianças menores de 7 anos e jamais as deixe na água sem a companhia de adultos. Alerte-as sobre os riscos da água-viva. Excesso de cloro ou águas contaminadas podem desencadear otite e conjuntivite, inflamações nos ouvidos e nos olhos. Usar protetores de ouvido, toucas e óculos de mergulho diminuem as chances de contágio.
Sombra e água fresca
Além de queimaduras, a exposição ao sol por muito tempo pode causar insolação, um desequilíbrio térmico que faz com que a temperatura interna do corpo fique instável, provocando febre, dores de cabeça ou perda de consciência. Só vá à praia com as crianças antes das 10 ou depois das 16 horas, sempre com filtro solar com fator de proteção 30, e dê a elas bastante líquido enquanto estiverem na praia ou na piscina. Lembre-se de que o calor deteriora rapidamente os alimentos, propiciando as intoxicações. Fique atenta ao que as crianças comem fora de casa.
Farmácia básica
Alguns medicamentos não podem faltar na bagagem: pasta d’água, água oxigenada, analgésico, remédio contra vômito, colírio, soro fisiológico, água boricada, gaze, esparadrapo, algodão, mertiolate, protetor solar, creme hidratante e repelente.
Fonte: Mdemulher.